Fevereiro roxo e laranja: Alzheimer

Introdução

Fevereiro Roxo e Laranja é o mês dedicado à prevenção e conscientização sobre 4 principais doenças: fibromialgia, lúpus, Alzheimer e leucemia. Todas essas condições são graves e merecem a devida atenção – e o mês de fevereiro é voltado exatamente para alertar a população sobre seu impacto e a importância de um diagnóstico.

Enquanto a cor roxa conscientiza sobre fibromialgia, lúpus e Alzheimer, o laranja conscientiza sobre a leucemia. 

O mês dedicado à conscientização dessas doenças se faz necessário já que a população, segundo o Ministério da Saúde, não tem tanto conhecimento sobre elas – seja seus sintomas ou as consequências que elas trazem para a rotina do sênior.

Pensando nisso, nós, da Goldies Saúde Integrada, desenvolvemos artigos que falam sobre cada uma dessas doenças individualmente. Este é sobre Alzheimer.

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O que é o Alzheimer e quais são os principais sintomas?

O mal de Alzheimer é um tipo de demência que afeta principalmente pessoas acima dos 60 anos, causando declínio cognitivo e muitos problemas decorrentes. Não é uma patologia fácil de lidar, nem para o sênior nem para sua família.

Atualmente, cerca de 1 milhão de brasileiros convivem com demência, em que a maior parte é o Alzheimer. Entretanto, esse número pode quadruplicar em até 30 anos, segundo um estudo publicado pela Revista Brasileira de Epidemiologia, 

Esse número nos traz a importância da conscientização e prevenção dessa doença, a fim de garantir anos mais tranquilos e muito mais qualidade de vida aos seniores. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas do Alzheimer são:

  • Irritabilidade, desconfiança sem justificativa, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, e, além disso, tendência ao isolamento
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimem ideias ou sentimentos pessoais
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas
  • Falta de memória para acontecimentos recentes
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes

A doença se divide em 3 fases, que são:

Estágio inicial: é o estágio de menor dependência e dura entre 2 e 3 anos, apresentando sintomas vagos e difusos. Nesta fase, o paciente pode apresentar alterações da linguagem, desorientação, concentração comprometida e outros sintomas similares.

Estágio intermediário: dura entre 3 e 5 anos, é igualmente progressivo e lento e oferece maior deterioração da memória, além de sintomas mais pronunciados. Alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração são comuns nessa fase.

Estágio avançado: é a última fase, grave, e sua duração varia. As funções já se encontram gravemente comprometidas, a fala pode ser prejudicada e apresentar outros sintomas, como incontinência urinária e fecal, além de sinais neurológicos grosseiros, como convulsões.

Quais os fatores de risco para o Alzheimer?

A idade ainda é o principal fator de risco para desenvolver o Alzheimer, entretanto não é o único.

Algumas ações relacionadas ao estilo de vida também podem contribuir para o desenvolvimento das demências, considerados, portanto, fatores de risco em diversos estudos.

Abaixo, confira alguns dos principais fatores apontados e que, se controlados, podem ajudar a retardar os sintomas e até mesmo prevenir o Alzheimer:

  • Hipertensão (incluindo a arterial sistêmica)
  • Exposição ao alumínio
  • Vícios, como tabagismo e alcoolismo
  • Obesidade
  • Doenças da tireóide
  • Diabetes
  • Sedentarismo

Além disso, os estudos da fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF) sugerem que o Alzheimer pode ser causado pela danificação de algumas proteínas (Amilóide e Tau), genética (APOE), falha de energia neural, neuroinflamação e doença vascular.

Como prevenir o Alzheimer?

Atualmente, não existe uma maneira única e completamente efetiva de prevenir as demências, o Alzheimer incluso, mas, o que é de conhecimento médico, é que algumas dessas questões estão completamente relacionadas com a boa circulação sanguínea e oxigenação no cérebro.

Portanto, é possível apostar em métodos de prevenção contra as doenças dos sistemas circulatórios.

Uma das maneiras é realizando atividades físicas regularmente, já que o exercício contribui para prevenir o aparecimento dessas doenças, além de ajudar a saúde de forma geral – seja física ou mental.

Outra forma efetiva é, aliada à prática de atividades, manter uma dieta balanceada, rica em nutrientes e vitaminas, bem como livre de tantas gorduras e substâncias que podem ser nocivas ao corpo humano.

Manter a cabeça funcionando também é uma ótima forma de prevenção. Ler, aprender coisas novas, desenvolver habilidades, entre outras ações que exijam esforço do cérebro são excelentes para ajudar na redução do risco de qualquer tipo de demência.

Ainda, buscar apoio é essencial para ajudar o sênior com Alzheimer, a fim de garantir acolhimento e entendimento em um momento que é muito desafiador para eles.

Isso se estende, também, aos seus familiares. Ter um parente com uma demência tão severa pode ser arrebatador e pode ser um grande desafio para a família.

Em abril do ano passado, fizemos uma live no nosso perfil do Instagram com a Dra. Ana Paula Pena Dias (@draanapaulapena no Instagram), uma Neurologista renomada que abordou o impacto que a demência tem para a família do sênior. Para conferir, é só clicar aqui!

Como conversar com alguém que tem a doença?

O avanço no número de casos diagnosticados de Alzheimer mundialmente vem causando inúmeras preocupações dos familiares e conhecidos que não sabem como lidar com a doença. Às vezes, até uma conversa pode ser motivo de insegurança.

Se você está cuidando de um ente querido com a doença de Alzheimer, provavelmente já identificou que a doença afeta gravemente a capacidade de comunicação de uma pessoa, o que pode ser frustrante para os familiares e seus pais.

Como em muitos aspectos do cuidado, quanto mais você souber, melhor poderá lidar com os desafios. É possível, sim, manter uma boa comunicação com essas pessoas.

O que não fazer:

  • Dizer que a pessoa com Alzheimer está errada ou confusa sobre algo;
  • Discutir com a pessoa;
  • Perguntar se ela lembra de alguma coisa;
  • Lembrá-la de que um ente querido está morto;
  • Abordar temas que possam perturbá-la.

Algumas estratégias de diálogo são:

  • Foco: ao conversar com uma pessoa com Alzheimer, tente manter contato visual.
  • Simplificar a comunicação: fazendo perguntas “sim” ou “não” e evitando frases complicadas
  • Mantendo a atenção no tempo: os medicamentos usados ​​para tratar a doença podem causar tempos de ativação e desativação dos pacientes. Aproveite os momentos em que eles estão atentos para conversar e informe-os quanto eles são  valorizados. 
  • Seja paciente: evite terminar as frases da outra pessoa. Encontrar as palavras pode ser difícil para uma pessoa com Alzheimer, mas a interferência pode aumentar sua frustração.

Conclusão

Apesar de estar muito relacionado com a hereditariedade, o Alzheimer não é considerado uma doença hereditária, embora a genética favoreça o desenvolvimento da doença. 

Esse tipo de demência tem um avanço progressivo, severo e que causa diversos transtornos na vida dos seniores e trazem muitos questionamentos para os seus familiares.

Assim como em todas as doenças, a prevenção é a melhor maneira de garantir um envelhecimento saudável, livre do Alzheimer (e de diversas patologias), assegurando, assim, maior qualidade de vida e bem-estar.

Porém, caso o diagnóstico da doença aconteça, é importante manter o acompanhamento médico regular, usar todos os medicamentos que o profissional passar e também ter o apoio familiar. Essa ação conjunta é fundamental para que o sênior com Alzheimer se sinta amparado e tenha anos mais confortáveis, mesmo que com a doença.

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