O nosso cérebro trabalha diariamente para que façamos os mínimos movimentos e que tenhamos o raciocínio adequado para o dia a dia. Entretanto, com o envelhecimento, é comum que percamos certas funções cognitivas, certo?
Errado! De acordo com a entrevista que o neurocirurgião Sanjay Grupta deu para O GLOBO, o declínio cognitivo não é uma consequência natural do envelhecimento e o cérebro pode ser estimulado em qualquer idade!
O neurocirurgião passou 3 anos conversando com especialistas ao redor do mundo e coletando evidências que comprovam que a perda de memória, demência e declínio cognitivo não são sintomas naturais do envelhecimento.
Recentemente, Sanjay Grupta lançou seu livro “Mente Afiada: Desenvolva um cérebro ativo e saudável em qualquer idade”, onde fez um compilado de todas as descobertas durante essa jornada.
No livro, o neurocirurgião cita os 5 pilares para a saúde cerebral: mexer-se, descobrir, relaxar, nutrir-se e conectar-se.
Quais mudanças fazer para evitar o declínio cognitivo?
Como o próprio Dr. Sanjay Grupta revelou: nunca é tarde para trabalhar o cérebro! Portanto, é possível buscar formas de prevenir a demência mesmo após os 60.
Esses métodos podem ou não contar com a nossa ajuda ativa, mas, independentemente do método escolhido, é importante que nós familiares prestemos apoio e incentivos diários.
A prática de exercícios físicos diariamente é fundamental. Exercitar o cérebro com passatempos que estimulam o raciocínio lógico é importante, mas realizar atividades físicas têm efeitos comprovados para a saúde cerebral.
Isso porque realizar exercícios libera BDNF, sigla para fator neurotrófico derivado do cérebro. O BDNF é uma substância que só o corpo pode produzir, não é possível tomá-lo em pílulas ou injetar.
Entretanto, é importante ficar atento: os fatores neurotróficos são criados com qualquer tipo de exercício, mas exercícios intensos também liberam o cortisol, hormônio responsável pelo estresse, que diminui os impactos dos fatores neurotróficos.
Assim, uma boa caminhada pode ser muito mais vantajosa para o cérebro do que uma corrida, por exemplo. É importante manter o equilíbrio.
Ter uma boa dieta é igualmente vital para a boa saúde do cérebro. Portanto, garantir uma alimentação balanceada, rica em fibras, proteínas e vitaminas é importante para a melhor saúde cognitiva do maduro.
Mas é preciso tomar cuidado: muitos acreditam que o açúcar é uma ótima fonte de energia, mas é um mito. O açúcar, quando consumido em excesso, desacelera a função cerebral por um período de tempo.
Outro hábito que ajuda a prevenir as demências está na visita regular ao geriatra, afinal, ele é o profissional capaz de averiguar a saúde dos maduros e garantir que estejam em melhor forma para seguir a sua rotina normal. Esse médico, junto com a ajuda de neurologistas, pode diagnosticar a demência.
Em abril, fizemos uma live no nosso Instagram com a Dra. Ana Paula Pena Dias (@draanapaulapena no Instagram), uma Neurologista renomada que abordou o impacto que a demência tem para a família do sênior. Para conferir, é só clicar aqui!
Não é só o maduro que sofre com a demência, apesar de ele ser o mais afetado. Os familiares também sentem diariamente as dores que a perda cognitiva traz aos seus pais, avôs, irmãos e tios.
Portanto, incentive práticas que contribuam para a manutenção do cérebro e mantenham a função cognitiva em dia! Isso faz toda a diferença na vida do nosso sênior – e da nossa.