Fevereiro roxo e laranja: leucemia em seniores

Introdução

Fevereiro Roxo e Laranja é o mês dedicado à prevenção e conscientização sobre 4 principais doenças: fibromialgia, lúpus, Alzheimer e leucemia. Todas essas condições são graves e merecem a devida atenção – e o mês de fevereiro é voltado exatamente para alertar a população sobre seu impacto e a importância de um diagnóstico.

Enquanto a cor roxa conscientiza sobre fibromialgia, lúpus e Alzheimer, o laranja conscientiza sobre a leucemia. 

O mês dedicado à conscientização dessas doenças se faz necessário já que a população, segundo o Ministério da Saúde, não tem tanto conhecimento sobre elas – seja seus sintomas ou as consequências que elas trazem para a rotina do sênior.

Pensando nisso, nós, da Goldies Saúde Integrada, desenvolvemos artigos que falam sobre cada uma dessas doenças individualmente. Este é sobre leucemia.

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O que é a leucemia e quais os principais sintomas?

Conforme o Ministério da Saúde, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos de origem desconhecida, sendo um dos tipos de câncer mais perigosos que existem atualmente. A sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Existem diversos tipos de leucemias, sendo 4 as mais recorrentes, que são:

  • Leucemia mieloide aguda (LMA): proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Seu curso clínico é agudo e deve ser tratada com rapidez. Pode acometer crianças e adultos, sendo a forma mais comum logo após o nascimento, embora a incidência aumente com a idade. É dividida em subtipos e o tratamento depende de fatores como a idade, a presença de comorbidades, alterações moleculares e citogenéticas, entre outros.
  • Leucemia mieloide crônica (LMC): afeta as células mieloides e tem progressão lenta. Seu tratamento pode ser feito com terapia-alvo, conforme a especificidade desse tipo de leucemia, e tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
  • Leucemia linfocítica aguda (LLA): proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide, sendo o tipo de leucemia mais comum em crianças, embora também acometa adultos (já que existe um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos). Assim como a LMA, esse tipo tem diversos subtipos e o tratamento dependerá de alguns fatores.
  • Leucemia linfocítica crônica (LLC): caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue, em 90% dos casos os pacientes acometidos com a doença tem 50 anos ou mais, sendo uma leucemia muito rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Por volta de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de alguma alteração no hemograma de rotina. Pacientes assintomáticos, normalmente, são apenas observados, sem necessitar de tratamento.

A leucemia linfocítica crônica (LLC) é o tipo mais comum e acomete com maior frequência pessoas acima de  70 anos. Na maioria dos casos, os pacientes possuem sintomas leves, ou são até mesmo assintomáticos, e o principal indicativo é o aumento de linfócitos observado em exames de rotina, o que exige uma investigação.

Os principais sintomas da leucemia são:

  • Manchas roxas na pele ou pontos vermelhos
  • Sonolência
  • Palpitação
  • Palidez
  • Anemia
  • Fadiga

Além disso, os seniores podem apresentar perda de peso, febre, gânglios linfáticos inchados e até mesmo dor nos ossos e articulações.

O acompanhamento periódico é fundamental, evitando a piora nos sintomas e trazendo maior qualidade de vida ao paciente, além de contribuir para a remissão do tratamento.

Diagnóstico e tratamento da leucemia

O hemograma é o principal exame para diagnóstico da leucemia – e detectar esse tipo de câncer nos estágios iniciais é a maneira mais efetiva para a remissão da doença e completa cura.

Para as leucemias agudas, o tratamento envolve quimioterapia, o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas, além da prevenção ou tratamento da infiltração no Sistema Nervoso Central. Em alguns casos, o transplante de medula óssea é necessário.

O transplante de medula óssea é indicado em casos específicos de leucemia e consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais, com o objetivo de reconstituir uma medula saudável.

O tratamento mais adequado dependerá do tipo de leucemia do paciente, seus sintomas e outras questões específicas.

Já para as leucemias crônicas, os tratamentos podem envolver o uso de medicamentos, quimioterapia, anticorpos monoclonais, terapia-alvo, entre outros. A leucemia linfocítica crônica (LLC), em específico, é um tipo de leucemia de progressão lenta, então o tratamento pode ser feito só quando for necessário.

Importante: o tratamento da leucemia é ofertado pelo SUS em todo o Brasil, como ressalta o Ministério da Saúde.

Prevenção a leucemia

Ao contrário da maior parte dos cânceres, a leucemia não tem fatores de risco determinados e conhecidos, portanto, não pode ser prevenida. Apesar de alguns estudos do INCA (Instituto Nacional do Câncer) sugerirem informações importantes sobre exposição, não há, de fato, nada comprovado.

É exatamente por esse motivo que a conscientização sobre a doença é tão importante. Ela é silenciosa e, apesar de alguns tipos terem progressão lenta, o diagnóstico precoce contribui diretamente para aumentar as chances de cura, já que a leucemia tem uma taxa de mortalidade razoavelmente alta no país.

Tendo isso em vista, uma das maneiras mais eficientes de manter a saúde em dia é fazer os exames de rotina, que, no caso da leucemia, são importantíssimos para o diagnóstico dessa doença.

Conclusão

Silenciosa, letal e desconhecida por muitos, a leucemia é uma doença importante que deve ser conhecida pelo público, a fim de garantir um diagnóstico rápido e preciso, aumentando as chances de cura.

O hemograma é o principal exame que aponta diferenças importantes nos glóbulos brancos, causando a investigação e, possivelmente, o diagnóstico da leucemia. Portanto, é um exame que não pode faltar na rotina dos seniores.

E você, conhecia todas essas informações sobre a leucemia? Conhece algum sênior que possui essa doença? Conta pra gente nos comentários!

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