Introdução
A perda auditiva pode ser uma barreira para o envelhecimento saudável e ativo, uma vez que contribui para o isolamento dos seniores, reduzindo, portanto, a sua comunicação, que é uma das necessidades básicas do ser humano.
É pela comunicação que se cria relações, experiências, além de compartilhar sentimentos, insatisfações e muitos outros afetos e desejos – e parte complementar da comunicação é a audição.
Com o envelhecimento, é comum que o corpo sofra com diversas mudanças, como o declínio de certos tipos de hormônios, além de situações que diminuam a imunidade e façam com que o sênior fique mais suscetível às doenças.
Parte do processo de envelhecimento está na perda auditiva, ocasionada pelo processo fisiológico conhecido como senescência. Mas você sabia que esse problema pode ser causa de transtornos como a demência?
Para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto, nós fizemos esse artigo. Continue lendo e saiba mais sobre a perda auditiva em seniores e a sua relação com a demência.
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Os problemas causados pela perda auditiva
Além de interferir nas relações sociais e favorecer o isolamento, a perda auditiva, por esses motivos, contribui para a depressão, ansiedade, tristeza, déficit cognitivo, entre outros transtornos que impactam diretamente na saúde do sênior.
Essa perda acontece pelo comprometimento das estruturas sensoriais da orelha interna e das estruturas neurais, dificultando a captação do som com perfeição.
De acordo com um estudo feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda e publicado pela Agência Brasil, o país tem, por volta, de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva.
Desse total, 9% nasceram com a condição – ou seja: 91% adquiriram ao longo da vida – e 2,3 milhões têm deficiência severa. 57% do número diz respeito a pessoas com mais de 60 anos.
O diagnóstico da perda auditiva é feito com a ajuda de um exame chamado audiometria tonal liminar, permitindo que o médico estabeleça o tipo e o grau da perda auditiva. O diagnóstico pode ser complementado com a audiometria de fala, capaz de classificar o prejuízo para a comunicação ocasionada pelo déficit auditivo.
Esses são as formas mais eficientes de diagnóstico, embora possam não ser tão acessíveis para todos.
Perda auditiva e a relação com a demência
Apesar de muitas pessoas acreditarem que não há como prevenir a demência, há fatores de risco modificáveis capazes de retardar e até mesmo prevenir essa doença. A perda auditiva é um deles.
A perda auditiva é um dos fatores de risco para a demência na idade adulta. Isso acontece porque a diminuição da audição é capaz de reduzir a atividade em algumas partes do cérebro, principalmente aquelas que são responsáveis pelo pensamento, aumentando a neurodegeneração.
Um estudo recente citado no Portal do Envelhecimento menciona que pessoas que vivem com a perda auditiva não tratada tem um declínio cognitivo de 30 a 40% mais acelerado se comparado àqueles com audição normal. Assim, é essencial o uso de aparelhos auditivos, capazes de proteger o sênior de desenvolver demência e até mesmo de protegê-lo de uma maior deficiência cognitiva, caso já tenha.
Para além de ajudar a reduzir o risco de demência, os aparelhos auditivos também contribuem para evitar o isolamento social e, consequentemente, todos os problemas ocasionados por ele.
Conclusão
É possível perceber que a demência tem relação direta com a perda auditiva em parte dos casos, contribuindo para que os seniores tenham uma vida menos ativa, mais isolada e com pouca comunicação.
Nós, como filhos, sobrinhos e netos, devemos contribuir para inseri-lo na nossa rotina de comunicação, além de incentivar a manter sua vida ativa e também a usar aparelhos auditivos, se for necessário.
O envelhecimento saudável depende de várias atenuantes. Visitar o geriatra regularmente, cuidar da saúde, socializar e ter uma alimentação equilibrada são algumas delas.
Agora conta pra gente: os seus pais têm perda auditiva? Se sim, em qual grau? E se não, vocês fazem alguma coisa para evitar esse problema? Fale nos comentários!
