Introdução
Fevereiro roxo e laranja é o mês dedicado à prevenção e conscientização sobre 4 principais doenças: fibromialgia, lúpus, alzheimer e leucemia. Todas essas condições são graves e merecem a devida atenção, a fim de alertar a população sobre seu impacto e a importância de um diagnóstico.
A cor roxa conscientiza sobre fibromialgia, lúpus e Alzheimer, enquanto o laranja conscientiza sobre a leucemia.
O mês dedicado à conscientização dessas doenças se faz necessário já que a população, segundo o Ministério da Saúde, não tem tanto conhecimento sobre elas – seja seus sintomas ou as consequências que elas trazem para a rotina do sênior.
Pensando nisso, nós, da Goldies Saúde Integrada, desenvolvemos artigos que falam sobre cada uma dessas doenças individualmente. Este é sobre fibromialgia em idosos.
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Fibromialgia em idosos: o que é?
A fibromialgia em idosos nada mais é do que uma síndrome crônica que ataca as articulações do corpo humano. É uma patologia caracterizada pela dor difusa nessas regiões, além de estar principalmente associada aos distúrbios do sono, psíquicos e intestinais funcionais, além de à fadiga crônica.
Além disso, a doença também pode ser desencadeada por infecções, porém as suas causas exatas ainda são desconhecidas, apesar de afetar principalmente as mulheres.
De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 2,5% da população mundial possui Fibromialgia, sem diferenças entre nacionalidades ou condições socioeconômicas.
Principais sintomas da fibromialgia em idosos e diagnóstico
De acordo com o Ministério da Saúde, quando falamos dos sintomas da fibromialgia em idosos, falamos de:
- Dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões
- Alterações no sono
- Cansaço excessivo
- Depressão
- Ansiedade
Quanto ao diagnóstico, ele é feito principalmente com exames clínicos, físicos e laboratoriais, além de levar em consideração a história, um conjunto que é capaz de ajudar a eliminar outras doenças com sintomas semelhantes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia: “Não há alteração dos exames que indicam inflamação, como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa. Exames de imagem devem ser interpretados com muito cuidado, pois nem sempre os achados da radiologia são a causa da dor do paciente.
A Fibromialgia (FM) pode aparecer em pacientes que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, e muitas vezes dificulta uma completa melhora destes pacientes.”
Formas de aliviar a fibromialgia em idosos
Apesar de a fibromialgia em idosos não ter cura, ela não causa deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, mas, por conta da dor e das limitações, os seniores sofrem com uma má qualidade de vida. Portanto, os tratamentos da fibromialgia são voltados para aliviar os sintomas, a fim de trazer maior bem-estar ao indivíduo.
A principal forma de tratamento da Fibromialgia não necessita do uso de remédios, portanto, os cuidados que o sênior tem consigo mesmo são os que realmente importam. A atividade física, por exemplo, pode aliviar os sintomas da fibromialgia em idosos, sendo uma grande aliada para aumentar o bem-estar dos seniores que possuem essa condição.
Entretanto, os medicamentos podem ser necessários se o médico achar necessário, a fim de contribuir para melhorar a disposição do sênior para que pratique exercícios físicos com mais energia.
Começar um programa de atividades físicas pode ser uma boa pedida para o sênior com fibromialgia, mas, antes, é necessário que o educador físico leve algumas questões em consideração, como:
- Avaliar se a Fibromialgia é de primeiro grau (quando não é associada a outra patologia) ou de segundo grau (quanto está associada a outro problema). Assim, é importante levar em consideração se o sênior é diagnosticado com patologias como artrite reumatoide, artrose, depressão e outros.
- Avaliar o nível de dor nos tender points (pontos específicos que são sensíveis à pressão) seja pela queixa do paciente ou pelo profissional examinando diretamente esses pontos.
- Questionar se a Fibromialgia é pós-traumática, perguntando se houve alguma lesão ocasionada por acidentes de veículos, quedas, esportes ou até mesmo Lesões do Esforço Repetitivo (LER) antes do início das dores fibromiálgicas. Se sim, é importante saber como foi essa lesão.
Tudo isso feito, o avaliador ainda vai verificar se o sênior apresenta o que é chamado de fenômeno de Raynaud, uma condição em que a dor se torna maior em temperaturas mais baixas.
Ainda, é importante que o sênior entenda a importância de realizar esses exercícios no período da tarde, visto que as dores e a rigidez muscular são mais comuns durante a manhã.
Esses passos realizados pelo educador físico fazem toda a diferença para garantir o alívio nos sintomas da fibromialgia em idosos, além de contribuir para desenvolver um programa de exercícios verdadeiramente eficiente para cada paciente.
Além disso, para garantir o bom aproveitamento das atividades físicas, é preciso avaliar outras questões, como a qualidade do sono, se o sênior tem ou teve dores de cabeça nas últimas horas, entre outros, o que pode afetar diretamente o seu desempenho durante o exercício.
Conclusão
A fibromialgia em idosos é uma doença crônica que não tem cura – mas pode ser controlada com a ajuda das atividades físicas. Esse tratamento contribui para aliviar os sintomas e devolver o bem-estar e a qualidade de vida que todos os seniores merecem.
Fevereiro é o mês da conscientização dessa patologia, buscando disseminar informações importantes sobre ela. Isso é essencial para que a população conheça os sintomas e saiba procurar ajuda médica adequada caso apresente qualquer indício da doença.
Os sinais da Fibromialgia podem ser interpretados de maneira errada e, por isso, conhecê-los, bem como entender os seus fatores de risco, é essencial para um envelhecer de forma saudável, além de ajudar os nossos seniores nesse processo.
Por ter uma origem exata desconhecida, a Fibromialgia não pode ser prevenida, embora estudos apontem que exercícios físicos podem ajudar a evitar o desenvolvimento da doença.
E você, já conhecia a fibromialgia, seus sintomas e possíveis fatores de risco? Conte para nós nos comentários!
