Os caminhos para a longevidade

Os caminhos para a longevidade

Pesquisa aponta os hábitos dos nonagenários, a  expectativa de vida do brasileiro hoje já supera os 76 anos, segundo o IBGE, embora, segundo uma pesquisa feita pela Nature Medicine, a pandemia tenha afetado um pouco esse índice, contudo qual o segredo da longevidade?

Apesar disso, a tendência é que os brasileiros vivam cada vez mais, conseguindo superar marcas que, antes, eram vistas como impossíveis. Os nonagenários já não são raridade no país (e no mundo) e as causas são variadas.

Motivada em descobrir esse segredo, a antropóloga Mirian Goldenberg acompanhou 100 pessoas acima dos 90 no período de 6 anos, a fim de observar os principais hábitos que os nonagenários têm e que permitiram chegar nessa idade com saúde e disposição.

Então, confira abaixo as principais descobertas com a pesquisa de longevidade e veja o que distancia essas pessoas da imagem de incapacidade e velhice que é atribuída para pessoas de idade.

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Vida regrada e saudável

A pesquisa mostrou que ter uma vida saudável e regrada é fundamental para aproveitar o que essa etapa da vida tem de melhor para trazer.

Da mesma forma, já falamos por aqui sobre a importância de ter uma boa alimentação e praticar exercícios, algo confirmado também pela pesquisa da antropóloga.

Todos os entrevistados praticavam exercícios e tinham uma alimentação saudável no dia a dia.

O que também trazia energia para garantir o bom humor e alto-astral.

Isso também diz respeito às visitas regulares ao médico, garantindo que a saúde esteja em ordem. Um dos entrevistados, aos 97 anos, fez um check up há pouco tempo, que não apontou nenhuma alteração em sua saúde.

Estímulos mentais

Assistir ao jornal, ler livros, aprender uma nova língua, dançar e outros estímulos mentais são caminhos para garantir uma mente ativa e esperta mesmo após os 90.

Os nonagenários da pesquisa nunca param de aprender e estão sempre por dentro das novidades, inclusive dos lançamentos tecnológicos, buscando entender e conhecer novas áreas que possam agregar no seu dia a dia e (por que não?).

Afinal, nunca é tarde para aprender alguma coisa nova.

Independência

Pessoas acima dos 60 são independentes, trabalham com autonomia em suas tarefas e se sentem mais motivadas para começar algo novo, ir atrás de informações e buscar por atividades que as deixem felizes.

Portanto, dar espaço pessoal para esse público é indispensável e essencial. Um novo aniversário não é atestado de invalidez e se a pessoa conseguir fazer coisas por si só, por que não deixá-la? É estimulante, independente e torna o seu dia a dia mais dinâmico e ativo.

Em suma, nós como filhos, netos, irmãos ou qualquer pessoa que se preocupe devemos prezar pela individualidade deles como pessoa.

Cuidar da saúde mental

A “velhofobia”  (o medo de ficar velho, além da discriminação de quem já chegou lá) pode ser um empecilho para esse público, o que atrapalha diretamente o bom humor, a disposição e o alto-astral.

Por isso, o primeiro passo é cuidar, também, da saúde mental.

Enfim, aceitar a passagem do tempo e entender que quando jovem a vida não era necessariamente melhor, mas diferente, é um dos principais pontos para viver com saúde e bem-estar.

A medicina já comprovou que a genética é responsável apenas por 30% da longevidade. O restante depende diretamente de cada pessoa e da forma como ela decide envelhecer.

Hoje, a velhice já está bem distante da imagem de incapacidade e desenvolvimento de doenças, quando é mais associada:

  • Ao melhor aproveitamento do tempo;
  • À realização de atividades prazerosas, sejam elas exercícios físicos ou tarefas mentais;
  • Ao aproveitamento de recursos e dedicação às áreas que as pessoas realmente gostam.

Por que não envelhecer com saúde e garantir a longevidade que a expectativa de vida têm nos dado?

Portanto, com todos os cuidados, a população madura tem uma vida tão ativa – senão mais – que os jovens.

Concluindo, idade não é sinônimo de invalidez, principalmente quando se sabe aproveitar essa nova etapa.

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